Giblog #141

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Depois de uma infinidade de notícias nos sites de entretenimento levado a sério por dia, finalmente estreou o tão esperado Batman v Superman: A Origem da Justiça.
Será que o hype é real?

No. Pelo menos, not for me.
Enfim. Se você gostou do filme, good for you. Vi um monte de gente dizendo que as críticas eram infundadas, que o filme é bom sim, que claro, tem seus defeitos, mas é divertido… fizeram até um bingo de “desculpas” de quem gostou.
Bom… não é porque as pessoas acharam o filme ruim que a sua experiência vai mudar, certo? Ninguém está dizendo que você tem mau gosto, que não entende de cinema, que é burro. São só opiniões diferentes.

E na minha opinião, BvS é um grande potencial desperdiçado.
Não vou fazer bem uma resenha, aqui. Vou apenas dizer o que eu achei do filme como leitor dos quadrinhos da DC. Você pode até discordar, mas minha experiência com o grande evento da Warner/DC esse ano está registrada aqui.
Meu problema com o filme, não é que o roteiro seja confuso e cheio de furos (e de fato é) nem que a direção seja megalomaníaca (de fato é). Meu problema é que assim como Man of Steel, eu não consegui enxergar os personagens mais icônicos dos quadrinhos representados ali na tela. Pelo menos os principais, que estão no título. Eu não consegui reconhecer aquele como o Superman, muito menos aquele como o Batman. Uma das maiores críticas a Man of Steel foi justamente o fato daquele Superman não se preocupar com a segurança dos cidadãos e não se importar em matar. Ok, corrigiram isso no cuequinha vermelha… e transpuseram isso para o Morcegão? O Morcegão que não quebra essa única regra e jurou que não usaria armas de fogo por ter visto seus pais serem mortos por uma? Tá, essa nova direção opta por uma abordagem mais realista. Mas apresentar essa abordagem com pressa pela primeira vez em um filme entuchado de personagens é um grande erro.
E nem quero começar a falar do Lex Luthor. Jesse Eisenberg tem minha admiração por seu excelente papel em A Rede Social, mas se você acha interessante o Mark Zuckerberg sendo um dos maiores antagonistas do filme, tudo bem. Eu esperava ver o Lex Luthor.

Mas a pior parte, provavelmente, é o tão esperado embate entre Superman e Batman. Era completamente previsível que a morcega levaria a melhor, pois o personagem é mais popular, tem uma legião de fanboys que a Warner não se arriscaria a desagradar, mas cacete. Pelo menos eu esperava algo menos unilateral do que aquilo. Foi um fan service descarado aos cuequinhas verde e completamente anti-clímax.

Mas pra não ser injusto, há sim pontos positivos no filme: A Mulher Maravilha é o melhor. Enquanto Diana, a atriz ganha quase nenhum destaque, mas quando a Amazona aparece, rouba a cena e não devolve mais. Ver a Trindade reunida é um momento que faz o coraçãozinho de qualquer nerd palpitar.
A cobertura da repercussão de termos um Deus caminhando sobre a terra também é um ponto excelente. Sempre gostei desse tipo de discussão tanto dentro quanto fora dos quadrinhos. As implicações que uma figura impossível como o Superman trariam à comunidade científica, política e religiosa.

Mas infelizmente isso não salva o filme. E antes que venham me acusar de Marvete, de defender apenas os filmes da Marvel, etc, saibam que eu fico realmente triste. Eu adoraria ver esses personagens tão queridos e icônicos ganhando vida e projetando um futuro esperançoso. Mas infelizmente, A Origem da Justiça serve como alicerce para o futuro filme da Liga. E você sabe o que dizem sobre construir casas sobre frágeis barrancos de areia.

-Feliz